A Cidade Caracol
- Desafios da Escrita
- 12 de abr. de 2024
- 2 min de leitura
Era uma vez, em uma terra muito longínqua, numa cidade chamada “cidade Caracol”, onde as pessoas desprezavam livros e decidiram eliminá-los, substituindo-os por e-books.
Mesmo que as pessoas não gostassem de ler através dos livros, houve um senhor bem velhinho, chamado Duarte, que guardou todos os livros na sua Biblioteca. Essa Biblioteca era gigantesca. Era um lugar onde os livros falavam de histórias de contos de fadas, de romances e, até, de narrativas de terror. O neto do senhor Duarte era um dos poucos habitantes da sua cidade que adorava ler a partir dos livros, e lá passava tardes inteiras.
Um dia, o senhor Duarte chegou à biblioteca para limpar o chão, quando ouviu Matias a ler em voz alta: “Hoje vou-vos contar uma história de terror! Ter-ror”. De seguida, Duarte perguntou-lhe – “Ó Matias, porque não vais brincar com os teus amiguinhos?”. - “Não, avô! Eu adoro ler para os meus peluches, e prefiro ler a tarde toda a jogar em computadores como os meus amigos”. E lá permaneceu.
Certo dia, deu uma chuva tão forte que estragou a central de informação da cidade, impossibilitando a leitura online. Vendo esta situação, a única alternativa do povo, era ir ler os livros da biblioteca do senhor Duarte. Quando lá chegaram, viram que todas as palavras tinham desaparecido dos livros e não souberam o que fazer.
Um dia estava a passear na floresta até que encontrou um dragão que contava um dos contos que conhecia dos livros da Biblioteca. Olhou para o dragão e disse – “Olá! Onde aprendeste esse conto, pequeno dragão?” - e o dragão respondeu “Eu aprendi estes contos através das palavras que roubei de todos os livros desta cidade!”.
Após uma longa conversa com o dragão, viu que tinha pensado que todas as pessoas daquela cidade não teriam nenhum interesse nos livros e como castigo roubou as palavras.
Assim, as pessoas da ´´cidade Caracol´ ´aprenderam a ser mais gratas pelas coisas que tinham, e não só quando, depois de as perder, as querer de volta.
Por fim, o dragão decidiu devolver as palavras aos livros e, assim, os habitantes da cidade onde o Matias vivia tomaram mais atenção a todas as preciosidades literárias.
Beatriz Sousa – 11º 25
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