Um Natal inesquecível na Pérola do Atlântic
- Desafios da Escrita
- 7 de mai.
- 2 min de leitura
Era uma vez uma gaivota que estava farta de passar todas as quadras natalícias nas Ilhas Desertas. Nesse sítio, as aves não tinham diversão, não tinham com o que se animar. Então, a gaivota decidiu ”imigrar” para a Ilha da Madeira, mais conhecida como Pérola do Atlântico, cujo nome surge devido à sua fascinante beleza natural.
Quando a gaivota lá chegou, visualizou uma multidão nas estradas, árvores todas decoradas com luzes coloridas e muitas barracas, as famosas de “ Comes e Bebes”. Os seus olhos brilhavam que nem diamantes, pois ela estava admirada com o cenário resplandecente visto de cima.
Entretanto, a gaivota resolveu questionar outra gaivota, que se encontrava no meio da multidão, sobre o que estava a suceder para estarem tantas pessoas na rua naquela noite:
- Oh, amiga gaivota, o que está a acontecer?
- Não sabes? Hoje é a noite do mercado de Natal. Todos os anos é habitual haver esta flamígera tradição que não passa indiferente aos madeirenses e percetível na quantidade de pessoas que aqui estão, que mais parece um carreiro de formigas, não é? - Ironizou a gaivota, num tom de galhofa.
- Eu não sabia, pois vim das Ilhas Desertas, e lá não há nada disto. Tu deves ser bem feliz aqui ! - Riu a gaivota das Ilhas Desertas.
- Ilhas Desertas? Nem me fales desse buraco! Já saí de lá há alguns anos e nunca mais meti, nem pretendo pôr as patas nesse lugar aterrador.- Afirmou-lhe com um tom de asco.
Em seguida, após a conversa entre as duas, foram passear pelas ruas do Funchal. Elas dialogaram, comeram e beberam poncha, porquanto não havia nenhuma lei que dissesse que as gaivotas não podiam beber bebidas alcoólicas.
A noite do mercado já tinha terminado, mas ainda algumas barracas estavam abertas ao público, até que a gaivota das Desertas teve uma ideia. Foi comprar bolos do caco e sandes de carne de vinha e alhos, para a malta das Desertas provarem os sabores regionais da Ilha da Madeira.
E assim foi. A gaivota despediu-se da outra gaivota com um abraço, da grande amiga que fez, independentemente das horas que esteve com ela.
Sofia Carreira, 10º29
Comments