A Tartaruga bebé
- Desafios da Escrita
- 10 de mai. de 2024
- 2 min de leitura
A Tartaruga bebé
Era uma vez uma tartaruga muito bebé que nasceu numa altura de pandemia para os humanos. Essa tartaruga não tinha uma barbatana, o que lhe dificultava deslocar-se de um lado para o outro.
Com o passar dos anos, a tartaruga foi crescendo e ganhando mais experiência para deslocar-se sozinha sem a ajuda do membro que lhe faltava. Ela nascera num oceano limpo, cheio de vida e cores, de alegria e de milhares de espécies diferentes, todas distintas umas das outras.
Certo dia, a tartaruga já estava cansada de ver sempre a mesma imagem, sempre as mesmas cores, estava muito triste por não ter amigos, e tinha muito medo de sair sozinha do espaço onde foi deixada pelos pais, por não ter uma barbatana. Mas foi nesse dia que ela se sentiu capaz de enfrentar as correntes do oceano e migrou cheia de energia e coragem à espera de encontrar um lugar onde se sentisse bem, com imagens novas, cores diferentes. Pelo caminho, foi fazendo várias amizades, até que encontrou espécies que iam na mesma direção que ela.
Passaram-se dias nessa viagem e ela, já cansada, parou para dormir e descansar, quando reparou que as cores vivas que via no fundo do mar estavam a mudar para uns tons acinzentados. Ela não estava a gostar do que estava a ver, sentiu-se muito assustada e sozinha, e decidiu continuar o percurso. Quanto mais ela nadava, mais via a água suja, cheia de lixo e os animais a andar de um lado para o outro, assustados com o que estava a passar-se. A tartaruguinha, amedrontada também, começou a nadar de um lado para o outro e deparou-se com um amigo que fizera pelo caminho, e perguntou-lhe se sabia o que estava a acontecer ao oceano. Foi aí que o amigo lhe disse que os humanos estavam a poluí-lo, e que as cores vivas que via todos os dias nunca mais as voltaria a ver. A tartaruga ficou muito alarmada com o que o amigo lhe disse.
Uns dias depois, ela começou a sentir-se sem forças e morreu, por ver que já não conseguia viver sem ver as cores vivas e as águas limpas do oceano que a deixaram doente.
Fabiana Beatriz Albino Figueira nº4 - 11º26
Comments