Diário

Domingo, 1 de junho de 2025

Olá companheiro,

Hoje finalmente tomei posse como presidente deste país. Confesso-te que estou muito assustado neste momento, esta casa tem tanta história e consigo sentir o peso nos ombros da presidência. A tomada de posse foi bonita e o meu chefe de gabinete disse-me que as pessoas gostaram bastante do discurso, deixo-te aqui uma pequena frase dele: “Juntos vamos trabalhar para um amanhã melhor e quando digo juntos assim será! O nosso governo não estará acima de vós, mas em constante serviço dos vossos interesses.”.

Passaram apenas oito horas desde que me tornei presidente e já tive doze reuniões com embaixadores, membros de partidos, presidentes que vieram como convidados e ainda presidi o meu primeiro plenário de governo onde o antigo presidente este presente (convidei-o para ser o meu ministro do ambiente). Daqui a pouco vou sair com a minha família para as celebrações do início de mandato. Temos um jantar com quatrocentas pessoas, três bailes, um cortejo e um espetáculo no final da noite. O antigo presidente deu-me algumas dicas para aguentar a pressão do que está para vir: comer bem, dormir bem, evitar ler as manchetes sobre nós, manter uma vida familiar normal, beber muito chá (para acalmar), ler e escrever sobre o dia, arranjar um animal (ajudam na vida familiar), ir a um psicólogo sempre que for possível e acordar todos os dias com mente aberta para mudança.

Durante a campanha prometi muita coisa e hoje já consegui cumprir algumas das minhas promessas. Prometi modernizar e desenvolver o exército, organizar os impostos de forma a se tornarem justos para todos, aumentar as exportações, criar novos apoios socias e melhorar a nossa política ambiental.

Mas bem vamos sair agora, os serviços secretos já nos vieram chamar. Até amanhã. 

Francisco Ramos