Diário

Terça-feira, 3 de junho de 2025

Olá,

Hoje foi um dia bastante confuso. Fiz o mesmo de sempre e preparei o dia, no entanto, tive que cancelar praticamente tudo. Cheguei ao gabinete pelas oito, e quando me estava a sentar, o meu chefe de gabinete entrou a correr. Deixo-te aqui o que me lembro da conversa:

                - Senhor presidente houve um ataque – disse ele nervoso

                - Acalma-te, onde foi o ataque? E como? – disse eu a tentar manter a calma

                - Uma bomba rebentou no ministério da defesa – disse ele

                - Ok escreve o seguinte. Declaro estado de emergência, ninguém sai de casa, …

                Não consegui acabar, pois os serviços secretos levaram-nos para o bunker da residência. Quando chegamos dei as ordens que faltavam e esperei a chegada dos meus ministros e da vice-presidente. Chegaram todos e de acordo com o relatório enviado pelos bombeiros não havia sinais de feridos ou mortos, pois ninguém estava no complexo para além dos seguranças que estavam a fazer a troca de turnos. A única coisa que ficou danificada foi o anexo que explodiu e onde os agentes guardam informações sobre a segurança nacional e armamento.

                Para mim isto tinha-se tornado um problema de segurança nacional e tínhamos que entender se tinha sido um acaso ou um problema maior estava diante de nós. Por volta das dez falei a partir do meu gabinete para a nação, vê se gostas desta parte:

                “E deixo bem claro, hoje e sempre, esta nação continua forte e unida e jamais desistiremos de procurar a resposta para o acontecimento de hoje e trazer um sentimento de segurança a cada um de vós e aos que vos são mais queridos…”

                Este é o primeiro ataque direto ao governo e pouco foi estudado sobre situações como esta, então, pedi ao conselho de segurança que fizesse tudo para descobrir o que realmente aconteceu e para isso aprovei um pacote de cem milhões de dólares como ajuda.

                Chegamos agora do bunker e pedi aos serviços secretos que fossem buscar as famílias do executivo e dos funcionários da casa, pois, não sabemos quando tempo vai demorar para chegarmos a uma conclusão segura de que não haverá mais ataques. Vamos todos jantar agora e depois voltar ao trabalho, até amanhã.

Francisco Ramos