Futuro
- Desafios da Escrita
- 26 de abr. de 2024
- 2 min de leitura
Sim, caminhamos a passos largos…, mas para que futuro?
Em pleno século XXI, Samuel Paty, professor de História, foi, cruelmente, assassinado, por expor caricaturas de Maomé, numa aula de Cidadania. Atrocidades, como esta, enfatizam a progressiva desumanização a que assistimos, nos dias de hoje, numa civilização em retrocesso, onde a fronteira entre a liberdade de expressão e a ofensa é ténue.
Em primeiro lugar, garantir o respeito pelos direitos humanos é assegurar a consideração pela dignidade, intrínseca a qualquer ser humano. Com efeito, o direito à liberdade, não só de expressão como também a todos os níveis, exceto o de ceifar a vida de outrem, é basilar na vida humana. Não podemos, contudo, ignorar que os direitos do Homem nunca foram, não são, nem serão inalienáveis, pelo que é fundamental que a sociedade se empenhe em preservá-los. Segundo André Manuel Correia, “O mundo é um quiosque sem dono” por isso é urgente alguma ordem. Assim, perante uma civilização mergulhada numa diversidade de ideias e atitudes, é essencial que, tal como o ar, a liberdade seja salvaguardada. Para isso, é impreterível que a sociedade reconheça, que possui o dever de não reprimir a liberdade do outro.
Atualmente, o, cada vez mais evidente, desprezo pelos direitos humanos é assaz alarmante. A título de exemplo, é de salientar a crescente incidência de terrorismo islamita, praticado por indivíduos extremistas, que crescem alimentados numa crença e rejeitam qualquer opinião divergente, pois consideram-na uma ofensa ao seu Deus. Este é um claro sintoma da era em que vivemos e que destrói, por completo, os alicerces da humanidade, que as gerações anteriores, exaustivamente, cimentaram.
Por fim, acabo esta minha reflexão com duas questões que, a meu ver, acho pertinentes – “Será que, na próxima vez que levantarmos a voz sobre um assunto, seremos calados? Estaremos perturbados pela intolerância a abdicar dos direitos humanos?” - Perante uma humanidade tão desumana, o debate acerca dos direitos humanos é fulcral e não pode ser, de forma alguma, adiado. Somente, deste modo, será possível refrear uma sociedade retrógrada.
Matilde Brazão 11º 24
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