Lola salva os Ursos Polares
- Desafios da Escrita
- 12 de abr. de 2024
- 3 min de leitura
Lola salva os Ursos Polares
Foi numa manhã chuvosa que recebi uma carta da Antártida, um continente cheio de gelo e que está muito longe de mim. Mal acordei, a minha mãe já estava a chamar-me:
- Lola, fui agora à caixa de correio e vi que tem aqui uma carta para ti! Diz que vem da Antártida...
- A sério, mãe! E quem é que a escreveu?
- Vem de um tal Dudu. Toma lá, lê!
Rasguei o envelope e comecei a ler a carta do Dudu.
“Olá Lola! Sei que não me conheces, mas eu sou o Dudu. Vivo na Antártida e sou um Urso Polar, muito fofinho e peludo! Escolhi mandar-te esta carta a ti, de entre tantos seres humanos, porque me pareceste ser corajosa e bondosa, disposta a me ajudar! Mas, perguntas tu, para que é que eu preciso da tua ajuda? Bem, como já deves saber, a minha casa, a Antártida, está a derreter, devido às ações dos seres humanos. Antigamente, eu saía da minha casa, olhava pela janela, e via neve, gelo! Hoje em dia, está tudo a desaparecer, já não há neve, não há frio! Estou cada vez mais perto de desaparecer para sempre; eu, a minha família e todos os meus amigos! Para impedir que isso aconteça preciso da tua ajuda, Lola! Sabes porque é que a Antártida está a derreter? É por causa das alterações climáticas!”
Fiz uma pausa na leitura da carta do Dudu. Não percebi o que são as alterações climáticas. O que é isso? De quê é que ele está a falar e porquê é que isso o preocupa tanto? Faz assim tão mal aos ursos polares e à Antártida? E tu? Sabes o que são as alterações climáticas? Vamos descobrir!
- Mãe, o Dudu está a me falar de uma coisa chamada alterações climáticas. O que é isso?
- Lola, imagina um carro em que está muito quente e as janelas estão fechadas, e tu estás dentro do carro. Ias sentir calor ou frio?
- Ia sentir muito calor mãe! As janelas fechadas não deixam o calor sair!
- Exatamente, filha! É essa a situação que o nosso planeta Terra está a passar. O planeta tem uma camada, que nós não conseguimos ver, e que impede o calor de sair! É como se fosse uma manta que aquece o planeta, mas quando tu ficas com muito calor só a queres tirar de cima de ti, não é?
- Sim!
- Pronto! Aí está o problema! É impossível tirar esta manta do planeta!
- Ah! Então estás a dizer que todo o calor que há na terra não sai!
- Isso mesmo! E esse excesso de calor é prejudicial à vida dos seres humanos e dos animais! Desde que foram inventados os motores, as fábricas, os carros, o calor do planeta tem vindo a aumentar e está a fazer com que a Antártida derreta!
- Essa é a casa do Dudu! E, se a casa dele derreter, ele não terá outro sítio para onde ir?
- Receio que não filha, por isso, o que temos de fazer é que o mundo não sinta demasiado calor!
- E como é que eu faço isso?
- Podes começar por fechar a torneira enquanto lavas os dentes, desligar as luzes que não estão a ser usadas, reutilizar as garrafas de plástico, fazer a separação do lixo, plantar árvores e flores, utilizar menos papel!
- Há tantas coisas que posso fazer para ajudar a impedir as alterações climáticas e ajudar o Dudu!
Voltei a ler a carta, ansiosa por poder ajudar o meu novo amigo!
“Estas alterações climáticas estão a fazer mal a todos, Lola! E está nas tuas mãos ajudar os Ursos Polares, a mim, à minha família, aos meus amigos, mas, sobretudo, a Antártida! Foste a menina que escolhi, e conto contigo! Salva-nos!”
Dudu, o Urso Polar.
Acabei de ler e, rapidamente, percebi que tinha de ajudar o Dudu! Levei mãos à obra e pus em prática tudo aquilo que a minha mãe me ensinou que poderia fazer diferença na vida destes animais!
Um mês depois, quando estava a ver o telejornal, vi uma entrevista do meu amigo.
- Olha mãe, é o Dudu na televisão!
- Pois é filha! Vamos ouvi-lo!
- Dudu a falar: Quero agradecer a ajuda da minha amiga Lola por conseguir que a minha casa não derretesse, sem ela eu acabaria por desaparecer para sempre! E a Antártida também!
Fiquei contente por o ouvir dizer aquilo! É sempre bom ajudar os outros! E tu, já fizeste a tua parte hoje e contribuíste para o impedimento das alterações climáticas?
Anita Afonso Borges | 11*25
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