O mergulho inesperado

Cheguei ao Funchal pelas duas da tarde, fiz o check-in no hotel e saí para dar um passeio. Tinha um plano feito para os meus sete dias de férias e queria cumpri-lo: ia andar de teleférico; visitar museus; passear pela ilha inteira. A primeira noite estava a começar quando um funcionário do hotel me deu um papel sobre uma atividade de mergulho que ia haver no dia seguinte no Garajau. De início, não sabia se ia ou não, mas pensei melhor e decidi me inscrever.

Saí com alguns hóspedes do hotel numa carrinha que nos levaria até o Garajau. Aproveitei para ver um pouco da ilha durante a viagem, já que fomos por estradas secundárias. Mal chegamos, um instrutor ensinou o que precisávamos de saber sobre o mergulho e que animais poderíamos encontrar. Em seguida, vesti o meu fato e o respirador e fomos em direção ao mar.

No início, confesso que tive um pouco de medo, era tudo muito novo para mim. Mas a calma veio quando vimos raias, eram animais lindos, majestosos, calmos, e a sua presença deixou-me bastante emocionado. Um pouco mais tarde, um tubarão tigre passou ao nosso lado, e reconheço que um medo enorme tomou conta de mim, mas ele passou por nós e foi-se embora, e, para nossa surpresa, um cardume gigantesco formou-se bem perto de nós. Admito que isso foi umas das coisas mais lindas que vi.

Por fim, voltámos para terra após duas horas de mergulho, e não podia ter sido melhor a experiência.

A Madeira foi mesmo uma viagem incrível e gostava de voltar a repetir tudo outra vez.

Francisco Gomes – 12º 21 / 2020/21