Procura
- Desafios da Escrita
- 11 de nov. de 2021
- 1 min de leitura
O amor da minha vida
amassei, rasguei e perdi
algures nos cantos da cidade
mórbida, indiferente e fria.
Procurei-o todos os dias,
como se o fosse encontrar
na rua, ao virar da esquina,
no convés de um cruzeiro.
Cruzei-me tantas vezes
com dores, ilusões e rejeições,
num bar, numa florista,
junto ao ardor com que acordei.
Esse ardor fez-me entender
que deveria explorar
no sítio que eu tornara interdito,
que não era exterior nem sucinto.
As lágrimas caíram livres,
e após tanta busca, percebi
que o amor da minha vida
só poderia estar dentro de mim.
Beatriz Andrade - 11º 25 - 2020/21
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