Um amor de conciliação
- Desafios da Escrita
- 1 de jul. de 2021
- 3 min de leitura
Após Teresa ter sido posta num convento, Simão Botelho mostrou estar de rastos e querer arranjar uma maneira de tirá-la de lá. Simão começou por planear em alargar algumas grades, depois, tentou fingir que era um amigo do pai de teresa que vinha entregar-lhe uma carta, e até tentou escalar o convento, mas as tentativas deram errado.
Numa noite calma, Simão estava a pensar em mil e uma maneiras de tirar a sua amada do convento, até que se lembrou que podia chantagear as freiras e enganá-las para poder executar a fuga de Teresa.
Na tarde seguinte, Simão, primeiramente, mandou Mariana informar Teresa do plano dele e, logo a seguir, chamou os seus amigos para o ajudar, com os quais esteve, no total, 3 horas a combinar as posições de cada um. À noite, o plano foi posto em prática, a começar por Simão que, disfarçado, bateu à porta do convento com uma carta. Como previsto, a freira que o atendeu perguntou: -”Mas quem é que entrega uma carta a estas horas da noite? – e disse – “Meu rapaz, volte para lá de onde veio e venha amanhã logo pela manhã!”. – Antes da porta se fechar, Simão insiste - ” Não...não irmã, ao menos deixe-me oferecer-lhe uma pequena oferenda”. - E a freira, confusa, respondeu - “Uma prenda!? Mas que traz aí, então ?!” – Simão aproveitou o interesse da religiosa e disse - “Tenho aqui uma cesta com vinho e bolo de mel para si, madre... o sr. Tadeu Albuquerque quer agradecer pelo seu serviço em cuidar de Teresa”. – Ela, sem dizer mais nada, aceitou.
Não tinha ainda, acabado de rodar a chave quando apareceu o amigo de Simão disfarçado de frade à procura de abrigo. A mesma freira abriu a porta e afirmou - ” Ora lá, que hoje estamos cheios de convidados.” – O “frade” atrapalhado retorquiu - “Minha irmã, sou um frade à procura de abrigo e queria saber se me podia acolher por uma noite?”- Ela, já cansada de abrir e fechar aquela porta gigante, replicou - “Olhe, aqui é um lugar só de irmãs, mas se andar mais 130 metros para a frente, encontrará um convento para frades”. - Com isto, e na ânsia de provar o que estava na cesta, a freira esquecera-se de trancar, deixando a porta só no trinco.
Na sua cela, estava Teresa pronta para fugir, mas sabia que não iria ser fácil. Ela aguardava o momento certo para se disfarçar com um dos hábitos que as freiras usavam, o que não seria difícil de encontrar, visto que ela conhecia todos os cantos do convento.
Para sorte de Teresa, a freira que estava sempre a vigiá-la era a mesma que tinha ido à e que, por estas alturas, deveria estar embebedada e a comer o bolo de mel que Simão lhe tinha oferecido.
A perfeita fuga estava ao alcance de Teresa. Quando desceu as escadas, viu que a porta estava aberta e correu para a rua, onde encontrou um dos amigos de Simão já à espera dela num cavalo.
Simão, em casa de Mariana, esperava a moça com uma carroça pronta para desaparecer daquela terra com a sua amada.
Passado algum tempo, a freira, segurança de Teresa, acordou e correu para tocar os sinos, anunciando a fuga. Ao finalizar, e ainda estonteada do vinho, cai pelas escadas abaixo, onde é auxiliada pelas suas colegas, enquanto soluçava de vergonha.
Entretanto, o pai de Teresa, ao ouvir os sinos, pensou que fora a sua filha que tinha fugido e ficou bravo. Desesperado, chamou os seus guardas para irem em busca dela, mas foram impedidos, uma vez que alguém tinha roubado todos os cavalos da herdade.
Após este plano bem sucedido, e com tempo suficiente, Simão e Teresa fugirem para Espanha onde casaram e foram felizes para sempre.
Beatriz Sousa / 11º 25 / 2021
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