Creio
- Desafios da Escrita
- 8 de nov. de 2021
- 1 min de leitura
Creio que é o medo que me torna
incapaz de transbordar, florescer.
Creio que foi a traição que me fez
temer tempestade após bonança.
É a desconfiança em mim inerente
que me faz fugir, refugiar, escapulir
da palavra convicta, do olhar sincero,
da coragem que noutros tempos possuía.
É a vida capaz de me afogar sem fim,
Na segura solidão (cobarde desistência),
Do que poderiam ser rosas encarnadas
E de onde aprendi a absorver espinhos.
É a incoerência do sentir que subtrai
a vivência, que soma o desânimo
e torna pacata a paixão e o amor
que costumam ser a cura eficaz.
Beatriz Andrade - 11º 25 – 2020/21
ความคิดเห็น