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A casa assombrada III

  • Desafios da Escrita
  • 29 de set. de 2021
  • 3 min de leitura

Estava uma bela noite de Halloween e decidi mascarar-me de vampiro. Então, fui fazer o que todas as crianças estavam a fazer, passando de casa em casa, eu estava indo muito bem até ter achado um quintal com várias escavações com grades e um letreiro “Proibido, se não quer morrer não entre”. Mas…. era a única casa afastada de todas as outras. Bem que os outros moradores da minha vizinhança tinham falado que a casa era perigosa, havia muitos boatos, mas decidi esquecer e pôr de lado, porque a minha vontade de entrar lá dentro era enorme.

Momentos depois, cheguei à entrada da casa, subi as escadas, mas reparei que não tinha porta e sim uma campainha e janelas. Bem, então toco à campainha achando que se iam abrir e, de repente, algo me puxa por cima e acabo por desmaiar.

Acordo, olho para o meu relógio de pulso e fico desesperado porque disse à minha mãe que iria para casa às 22, e já eram 23 horas. Olhei para todos os lados, estava num quarto escuro, tinha uma cama e nada mais, simplesmente era um lugar velho, ficava pensando como tinha chegado lá, é que já não tinha os meus sacos de doces, e a única coisa que me restava era o meu relógio de pulso. Minutos depois, entra uma senhora no quarto, com estilo de empregada, e fala assim:

-Nós estamos à sua espera na mesa de jantar, tem aqui uma toalha, vá tomar banho primeiro, depois desça.

Achei estranho porque, quando a senhora estava indo embora, ela atravessou a parede, o que não fazia sentido nenhum. Então, peguei na toalha, abri a porta todo assustado e comecei a correr, mas não sabia para onde ir, porque era um corredor cheio de portas, fui na fé, abri a porta à direita e era a casa de banho, achei estranho porque estava muito limpa, isso era o que os meus olhos viam. Então, decidi confiar naquela mulher e despi-me, abri a torneira e estava indo bem. Depois de algum tempo, vesti-me. Voltei para o corredor e desci umas escadas que iam bater à sala de jantar, já composta com uma mesa com um grupo de pessoas/fantasmas me esperando para comer A mesa estava linda, tinha frango, arroz e até pudim, aquilo tudo parecia tão delicioso!!!! Fui logo me sentar.

O senhor que estava sentado ao meu lado serviu todos e começaram a comer como se nunca tivessem visto comida à frente. Enfim, uns 15 minutos depois, eu só tinha comido um pedaço de arroz, mas estava com um sabor estranho, e eu já estava a ficar com sono, então, quando esfreguei os olhos, reparei que tudo o que estava em cima da mesa não era comida real e sim larvas, minhocas, até carne podre.

A primeira coisa que fiz foi começar a gritar e me levantar a correr para o andar de cima, enquanto estava correndo para a casa de banho, a porta fechou-se na minha frente, eu já não sabia o que fazer, só queria ir fugir dali.

Aquela empregada, que era um fantasma, como os outros, estavam voando atrás de mim e falando: - “Nós precisamos de ti, só faltas tu para completar o sacrifício”.

Eu continuava sem entender nada.

Finalmente, abriu-se a última porta do corredor, eu entrei e a porta fechou-se de repente. Acenderam velas de um ritual que estava no chão, agora sim, estava percebendo a razão de eles dizerem aquilo, eles queriam a minha alma para completar um sacrifício. Mas eu não pensava mais em outra coisa senão em sair dali, naquela sala só tinha esse ritual e uma estante de livros empoeirados, então, comecei a fazer como nos filmes, puxar livro a livro para ver se algo se abria, e não é que funcionou?!!!!! A parede abriu-se e lá, nessa passagem, só tinha uma arma muito estranha com uma etiqueta escrita “arma de caça fantasmas.”

Nesse momento, tive a brilhante ideia: ativei aquela arma e fui tentar caçar aqueles fantasmas, estava indo bem, já tinha caçado todos até que me caiu um tijolo na cabeça e eu desmaiei.

Acordei no hospital, ouvi o médico a falar com a minha mãe. Ouvi-o dizer que eu tinha sido descoberto a meio da estrada e que tinha batido com a cabeça em algum lugar que ele não sabia onde. Pois na estrada onde me encontraram, quase nenhum carro passava.

E ali estava eu, passados dois dias depois de me encontrarem.



Mateus Lucas - 11º26 - 2020/2021

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