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Lola salva os Ursos Polares

  • Desafios da Escrita
  • 14 de out. de 2021
  • 3 min de leitura

Foi numa manhã chuvosa que recebi uma carta da Antártida, um continente cheio de gelo e que está muito longe de mim. Mal acordei, a minha mãe já estava a chamar-me:

- Lola, fui agora à caixa de correio e vi que tem aqui uma carta para ti! Diz que vem da Antártida...

- A sério, mãe! E quem é que a escreveu?

- Vem de um tal Dudu. Toma lá, lê!

Rasguei o envelope e comecei a ler a carta do Dudu:


“Olá, Lola!

Sei que não me conheces, mas eu sou o Dudu. Vivo na Antártida e sou um Urso Polar, muito fofinho e peludo! Escolhi mandar-te esta carta, de entre tantos seres humanos, porque me pareceste ser corajosa e bondosa, disposta a me ajudar! Mas, perguntas tu, para que é que eu preciso da tua ajuda? Bem, como já deves saber, a minha casa, a Antártida, está a derreter, devido às ações dos seres humanos. Antigamente, eu olhava pela janela, saía da minha casa e via neve, gelo! Hoje em dia, está tudo a desaparecer, já não há neve, não há frio! Estou cada vez mais perto de desaparecer para sempre, eu, a minha família e todos os meus amigos! Para impedir que isso aconteça preciso da tua ajuda, Lola! Sabes porque é que a Antártida está a derreter? É por causa das alterações climáticas!”

Fiz uma pausa na leitura da carta do Dudu. Não percebi o que são as alterações climáticas. O que é isso? De que é que ele está a falar e porque é que isso o preocupa tanto? Faz assim tão mal aos ursos polares e à Antártida? E tu? Sabes o que são as alterações climáticas? Vamos descobrir!

- Mãe, o Dudu está a falar-me de uma coisa chamada alterações climáticas. O que é isso?

- Lola, imagina que tu estás dentro de um carro cujas janelas estão fechadas, num dia de muito calor. Ias sentir calor ou frio?

- Ia sentir muito calor, mãe! As janelas fechadas não deixam o calor sair!

- Exatamente, filha! É essa a situação que o nosso planeta Terra está a passar. O planeta tem uma camada, que nós não conseguimos ver, e que impede o calor de sair! É como se fosse uma manta que aquece o planeta. Quando tu ficas muito quente, só queres tirar de cima de ti o que te provoca calor, não é?

- Sim!

- Pronto! Aí está o problema! É impossível tirar esta manta do planeta!

- Ah! Então estás a dizer que todo o calor que há na terra não sai!

- Isso mesmo! E esse excesso de calor é prejudicial à vida dos seres humanos e dos animais! Desde que foram inventados os motores, as fábricas, os carros, o calor do planeta tem vindo a aumentar e está a fazer com que a Antártida derreta!

- Essa é a casa do Dudu! E, se a casa dele derreter, ele não terá outro sítio para onde ir?

- Receio que não filha, por isso, o que temos de fazer é que o mundo não sinta demasiado calor!

- E como é que eu faço isso?

- Podes começar por fechar a torneira enquanto lavas os dentes, desligar as luzes que não estão a ser usadas, reutilizar as garrafas de plástico, fazer a separação do lixo, plantar árvores e flores, utilizar menos papel!

- Há tantas coisas que posso fazer para ajudar a impedir as alterações climáticas e ajudar o Dudu!

Voltei a ler a carta, ansiosa por poder ajudar o meu novo amigo!

“Estas alterações climáticas estão a fazer mal a todos, Lola! E está nas tuas mãos ajudar os Ursos Polares, a mim, à minha família, aos meus amigos, mas, sobretudo, a Antártida! Foste a menina que escolhi, e conto contigo! Salva-nos!

Dudu, o Urso Polar."

Acabei de ler e, rapidamente, percebi que tinha de ajudar o Dudu! Levei mãos à obra e pus em prática tudo aquilo que a minha mãe me ensinou que poderia fazer diferença na vida destes animais!

Um mês depois, quando estava a ver o telejornal, vi uma entrevista do meu amigo.

- Olha mãe, é o Dudu na televisão!

- Pois é filha! Vamos ouvi-lo!

- Quero agradecer a ajuda da minha amiga Lola por conseguir que a minha casa não derretesse, sem ela eu acabaria por desaparecer para sempre! E a Antártida também!

Fiquei contente por o ouvir dizer aquilo! É sempre bom ajudar os outros!

E tu, já fizeste a tua parte hoje e contribuíste para o impedimento das alterações climáticas?


Anita Afonso Borges / 11*25

2021

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