Um amigo imaginário
- Desafios da Escrita
- 29 de set. de 2021
- 2 min de leitura
Joana tinha apenas quatro anos e era uma criança muito criativa, diziam que ela quando crescesse seria escritora.
Mas, a sua criatividade fazia-a inventar muitas histórias que aos fins-de-semana contava aos seus avós, os quais, ficavam derretidos com a sua neta.
Era ao fim do dia que Joana tinha grande parte das suas conversas com o amigo imaginário, por estar sozinha no seu quarto, estava à vontade para falar.
Ao chegar a casa depois de um dia de escola, lanchou e foi direita ao quarto.
- Olá, João. – disse Joana.
Fez uma pausa com a intenção de que ele também dissesse olá.
- Nem sabes o que tenho para te contar!... gosto do Alex e dei-lhe um beijinho.
- Ainda és muito nova para pensar nisso. – disse João.
- Eu sei que sou muito nova, os meus papás dizem o mesmo, mas eu quero casar com ele, e de branco como a mamã.
- Tu ainda nem saíste da pré e já pensas em casar?
- Claro, é o sonho de qualquer princesa, que eu li num livro!
- Nem te vou contrariar, já sei como és teimosa.
- Hoje fiz um desenho para a avó, espero que ela goste, pois deu muito trabalho.
- De certeza que irá gostar.
- Apesar de estar feliz, aconteceu que ouvi a Maria a dizer à Catarina para não ser mais minha amiga, aquilo deixou-me triste.
- Tens de lhe dar tempo, se não brincares com ela, brincas com outras raparigas e rapazes.
- Eu sei, mas… a Catarina é a minha amiga e não quero ficar sem ela.
- Ela vai perceber que a Maria é má e vai voltar a ser tua amiga.
Não ia tardar que a mãe de Joana a chamasse para jantar, então, esta preparava-se para contar as últimas coisas a João.
- No passeio que dei ao aquário, vi imensos peixes, até nadei junto com peixinhos e caranguejos.
- Tenho de lá ir porque eu gosto da vida marinha.
- João, tenho de ir jantar, fica bem, um beijinho.
Na cabeça de Joana, o seu “amigo” João tinha doze anos, era mais velho porque sabia dar-lhe os melhores conselhos.
Adriano Costa da Silva - 12º25 / 2021
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