Como está o meu oceano!!!

Olá, amigos, o meu nome é Mel e sou uma tartaruga que adora morar neste lindo mar azul. Vou-vos contar uma experiência terrível que aconteceu comigo há um tempo atrás e que, infelizmente, continua cada vez mais presente na minha vida.

De vez em quando adoro atravessar o brilhante e cristalino oceano, é uma longa viagem onde posso ver as outras minhas amigas tartarugas, os tubarões e todos os tipos de espécies que habitam comigo neste lindo espaço. Aqui em baixo, somos quase todos amigos, damo-nos quase todos bem e temos uma coisa em comum que é adorarmos a nossa casa. Certo dia, ia eu toda feliz para mais uma viagem neste belíssimo oceano até que me deparo com objetos flutuantes, resíduos e líquidos malcheirosos. Não estava a me aperceber do que se tratava, mas logo apercebi-me que eram garrafas de plástico, beatas de cigarros, sacos de plástico, óleo derramado, entre outras coisas. Esta série de obstáculos tornou muito complicada a minha viagem. Esta enorme onda de poluição tornou os meus percursos mais longos, mais complicados e mais desafiadores e perigosas porque num daqueles sacos de plástico eu poderia ficar presa, ou numa daquelas garrafas de plástico eu poderia me cortar, ou comer sem querer e acabar por morrer. Por fim e com muitas dificuldades, consegui chegar a casa para perto das minhas amigas tartarugas.

A trágica “moda” de atirar objetos para o mar, pensando que é um caixote do lixo a céu aberto, afetou a nossa vida, ela nunca mais foi a mesma aqui em baixo no oceano, não conseguimos mais nadar sem ter objetos a nos tapar a visão ou a pôr em perigo a nossa vida. O oceano deixou de ser cristalino e brilhante e passou a ser escuro, assombrado e assustador de viver.

Em suma, é urgente que o ser humano tenha consciência de que a poluição dos oceanos tem vindo, cada vez mais, a matar os animais e a extinguir várias espécies. Esta poluição tem que acabar antes que seja tarde demais. Se o Homem gosta de ter o seu lar limpo, arrumado e cheiroso, nós, tartarugas, também gostamos de ter o nosso assim.

Beatriz Fernandes / 12º 21 / 2020/21